O que todo coach deveria saber...

No mês de junho fiz aniversário da minha certificação em Coaching, sete anos de atuação e muitos aprendizados. Passando em retrospectiva essa trajetória que mudou bastante a minha forma de me perceber e me relacionar com a vida (os outros também estão incluídos aqui), surgiu o desejo de registrar alguns apontamentos que me relembram o quão rica foi essa caminhada, e pode inspirar outros coaches que estão iniciando nessa jornada.

1) O processo de autoconsciência e desenvolvimento acontece simultaneamente, comigo e com o coachee (cliente). O que aprendi com isso? 

✓ Primeiro que eu não necessito ser a detentora de todo conhecimento para poder apoiar o processo do cliente que chega pra mim.

Sim, durante muito tempo eu tinha essa crença e, isso me fazia buscar cada vez mais cursos e livros para ampliar esse conhecimento e me sentir apta a contribuir com as demandas que chegavam, e eu queria dar conta. Muitas vezes as pessoas chegavam com questões que eu precisava trabalhar em mim... E, eu me perguntava: Como assim?! Como posso ajudar fulana com esse tema, se nem mesmo estou conseguindo trabalhar ele em mim? 

No decorrer da caminhada eu estou aprendendo que:

✓ O que de melhor tenho para oferecer aos clientes que me procuram é a escuta empática, muito mais que o conhecimento. Percebo que é essa escuta que nos conecta e, conectados somos capazes de acessar um campo de sabedoria incrível. 

✓Quando eu compreendo que ambos, eu e a/o coachee, estamos num processo de autodesenvolvimento brota um respeito genuíno, não há uma relação de poder sobre. Há um respeito que fortalece ainda mais nossa conexão e potencializa o trabalho, para além do tempo cronológico do processo...



2) Nem sempre o que será trabalhado é a motivação inicial do coachee. Como eu aprendi com isso? 

Durante muito tempo isso era algo que me incomodava e me fazia questionar sobre se eu tinha capacidade de fato para fazer o que me propunha a fazer. As pessoas me procuravam com uma demanda específica, às vezes nem tão específica assim, mas dentro do protocolo trabalhávamos para deixar mais clara qual era a motivação da ou do cliente. No entanto, no decorrer do processo, outras questões se apresentavam, e se apresentavam com uma força, que não era possível seguir sem que as mesmas fossem observadas. Isso resultava em uma tremenda frustração da minha parte, por acreditar que não estava entregando o que o cliente veio buscar - embora o processo de autoconsciência e desenvolvimento estivesse acontecendo - eu achava que deveria ter o controle e entregar exatamente o que trouxe o cliente até a mim. 

Bobinha e um tanto egóica essa perspectiva, né?! Mas, ainda bem que comecei essa reflexão dizendo que o aprendizado era uma via de mão dupla.

Aprendizado:
✓ Ficar atenta ao que tem força dentro do processo. E isso nem sempre vai corresponder a motivação inicial do coachee. E está tudo bem! O que aparece com força é justamente o que precisa ser trabalhado naquele momento. Dentro desse campo mais amplo com o qual nos conectamos existe uma sabedoria que dirige cada qual no seu tempo - kairós.

✓O que eu ofereço não é fórmula mágica.  É apoio e parceria para os movimentos de  autoconsciência, desenvolvimento e manifestação​ do potencial latente em cada ser. Ufa!! Só essa percepção já me valeu anos de terapia (risos). 

✓ Em alguns momentos, dependendo do que se revela como força, o coachee precisa de um tempo para digerir, integrar e deixar que isso assente dentro de si, antes de continuar... Quando se trata de trabalhar com a nossa humanidade, nem sempre um mais um é igual a dois, cabe um tanto de coisas nesse intervalo... Uma delas é o vazio - esse espaço entre o que era é o que pode vim a ser. 

✓ Em alguns casos, essa continuidade não necessariamente tem que ser comigo. Pode ser que meu papel tenha sido apenas abrir o campo para tal compreensão, deixando que a mesma sabedoria que nos conectou dirija a continuidade do processo. Praticar a arte do desapego. 

Isso nada tem a ver com minha competência e com o comprometimento do coachee. É apenas um tempo que também faz parte do processo. E, mesmo que não tenhamos como mensurar isso quando iniciamos o processo, eu posso estar atenta e sinalizar para o cliente quando essa necessidade se revelar.



O que sinto que ainda preciso aprender no próximo ciclo, a partir dessa consciência do que aprendi até aqui, é:

3) Como estabelecer uma relação de trabalho/troca dentro de um processo que não é só​ linear, e sim exponencial também? 

As pessoas buscam a linearidade, o tão famoso "sair do ponto A para o ponto B". Mas, o que observei nesses sete anos de atuação como coach foi que não necessariamente se caminha apenas para o ponto B. Pode-se precisar caminhar até o ponto F, antes de chegar no ponto B. E uma vez se caminhando até o ponto F, será que o ponto B é o ponto B mesmo? Isso não tem como se colocar nos contratos padrões...


4) Como me comunicar/atrair as pessoas que realmente estejam interessadas em mergulhar nessa aventura de autodescobertas? 

Eu já compreendi que minha oferta não é para todo mundo... Existem pessoas que buscam e até mesmo necessitam de algo linear num determinado momento de suas vidas. Elas simplesmente não tem tempo para aprofundar nas questões que poderiam gerar resultados no longo prazo, pois a vida pede resultados concretos no tempo presente. E tudo bem também, é o ciclo e o tempo de cada pessoa.

Por outro lado, não quero ignorar esse potencial que descobri na minha forma de atuar - de ajudar as pessoas a saírem da visão limitada do mundo ordinário para reconhecer e perceber a sua potência que é ilimitada e extraordinária. Mesmo que, num momento seguinte, após as descobertas, a manifestação dessa potência se dê no mundo ordinário. Mas antes, a de se ter consciência...

Acredito que esse de fato é o diferencial da minha proposta de trabalho, GUIAR E APOIAR AS PESSOAS NESSA PASSAGEM DO ORDINÁRIO PARA O PRIMEIRO NÍVEL DO EXTRAORDINÁRIO. ABRINDO CAMINHOS E PORTAIS PARA A MANIFESTAÇÃO DA ESSÊNCIA. 


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